Escolha da Área
Um dos motivos que influencia na escolha da área é ser um local que aparentemente não possui condições ou recursos para se recuperar por si mesma em um curto espaço de tempo. Outro aspecto é o interesse em descobrir como agir para que esta área se torne um sistema e para que obtenha um salto energético e de qualidade e quantidade de vida consolidada positiva, tanto em relação ao sublocal da intervenção quanto em relação ao planeta inteiro.
A floresta não é tratada como algo intocável, mas sim como um ser vivo que, quando em crise, requer intervenção. A floresta é vida, é fluxo. Agimos como se estivéssemos desligados do sistema, e não nos damos conta de que somos parte dele.
Fundamentos
Quando se pretende plantar alguma espécie, não se deve plantar uma espécie sozinha. Mas sim várias espécies, criando-se assim em conjunto um macro-organismo.
Formação do embrião: as espécies são escolhidas como se fossem formar o gene de um novo organismo. São introduzidas aproximadamente 100 genes por espécie a ser plantada. A quantidade é alta a fim de facilitar um processo natural entre eles sobre as espécies mais adequadas ao local, formando o embrião de uma nova floresta. Esse processo não é visto como uma competição ou concorrência; todas as relações inter e intra espécies são baseadas no amor incondicional e na cooperação. Ernst se sente como “endobionto” da floresta e não como seu dono ou comandante.
Formação da placenta: A sementes são plantadas como formadoras da placenta. Este termo é usado pois elas criam o primeiro viveiro para todo o resto. A primeira parte da placenta é formada pelo feijão. Não fosse assim, no momento em que as árvores começassem a nascer os grilos iriam cortá-las. Estando o feijão presente, os grilos não aparecem e não é necessário fazer nada contra eles. Tudo que se precisa fazer é agir certo.
Ecologia
Cada espécie planta somente aquilo que realmente usa. Por exemplo, o macaco-prego planta cacau, enquanto o juriti planta canela. Cada um planta aquilo que deve e cuida do que plantou. Por isso, quando eu me retiro de um local, aqueles que ficam irão conduzi-lo conforme suas necessidades.
Podemos inserir nossas espécies, sem excluir os outros. Vamos criar agro-ecossistemas parecidos com os originais e naturais nos quais estamos intervindo. Podemos trabalhar e deixar os outros trabalharem. Não precisa haver conflito, veneno, formicida, inseticida, nenhum tipo de briga.
Fazendo o manejo correto, as demais espécies irão respeitar e compreender que existe outro animal trabalhando na área. Se o nosso agro-ecossistema sempre seguir a lógica da floresta, não vamos degradar o ecossistema. Pelo contrário, o enriqueceremos a colaboração será perfeita. Isto é o repensar da ecologia.
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Fonte consultada:
– Agenda Gotsch
Bom diaaa!
Acho a sintropia uma descoberta maravilhosa, sonho em um dia conseguir leva-la para as regiões secas do nosso lindo Brasil, acredito que com esta técnica podemos fazer todo o solo brasileiro ser produtivo. Estou encantada com esta possibilidade.
Obrigada Ernst por compartilhar o seu conhecimento, o mundo precisa de mais pessoas como você.
Deus o abençoe infinitamente.
Eu acho que é um ótimo caminho e uma das formas de devolvemos um pouco para a natureza daquilo que destruimos eu particulamento vou aderi este exemplo aqui em colinas-ma.me der ideias por favor